Nosso sonho...

Jovens estudantes de Licenciatura, que sonham e vêem na educação, a esperança para um mundo que a cada dia que se passa perde mais os valores éticos e morais. Uma sociedade em constante mudança, precisa ser estudada e compreendida, para que haja uma melhor compreensão do que se passa, e qual solução tomar. E é isso que nós fazemos.

Ass. Moderador.

domingo, 19 de julho de 2015

RESENHA CRÍTICA - O Compromisso do Profissional com a Sociedade

Paulo Freire fala do compromisso do profisional com a sociedade primeiramente enfatizando que é do profissional e não de qualquer um, o que hoje em dia é de extrema importância já que o profissional só pode ter um compromisso verdadeiro se ele for consciente de que aquela realidade em que ele vive é sim mutável, para que desde então ele possa transformar esta realidade no total. Ou seja, aquele homem focalista não pode construir um compromisso, se ele não entende o total ele não pode comprometer-se. É disso que um profissional precisa ter, para isso deve-se refletir sobre o aspecto humanista que alguns homens dizem ter e que os memos visando este aspecto optam pela técnica. Fato que acaba se contrariando, já que se ele opta pela técnica ele está excluindo a parte humana dos seres ao tratarem da agricultura sem o uso das máquinas, por exemplo, como uma perda de tempo e quererem cada vez mais substituir os humanos por máquinas para ganhar tempo.
Se o compromisso é com o homem, então por que ele tenta prescindir da ciência? Eis a questão do mundo atualmente. De tanto o homem querer não perder tempo ele acaba por formar humanos incapazes de criticar, humanos focalistas, alienados, que com isso vêem a técnica como um progresso e não notam que ela só os torna cada vez menos humanos.
A primeira condição para que um ser possa assumir um ato comprometido está em ser capaz de agir e refletir. O ser deve ter consciência de que ele está no mundo, a qual lhe condiciona a notar que ele tem a consciência disso e que ele está imerso no mundo e pode chegar a relacionar-se a ele, desde então poderá entender a sua realidade e assim assumir o compromisso de ser humano e modificá-la.

1. QUAL O TEMA TRATADO PELO AUTOR?
2. QUAL O PROBLEMA QUE ELE COLOCA?
3. QUAIS OS ARGUMENTOS CENTRAIS E COMPLEMENTARES UTILIZADOS PELO AUTOR PARA DEFENDER SUA POSIÇÃO?

1 - O autor trata de como o profissional pode assumir um compromisso com a sociedade e explica do que é necessário para que tal compromisso sera verdadeiro, do que o profissional precisa ser consciente para poder comprometer-se.
2 – O problema que ele coloca é que o profissional está cada vez mais construindo falsos compromissos, colocando a tecnologia como progresso e os humanos como atraso, perda de tempo, isso com o discurso de ajudar os humanos. Paulo Freire fala que neste aspecto os seres humanos estão cada vez mais alienados, incapazes de criticar, sendo assim são incapazes de modificar a realidade da sociedade já que não conseguem a ver como um todo, são focalistas.
O autor defende que o comprometimento verdadeiro do profissional com a sociedade só existe quando o profissional percebe que tem a capacidade de perceber que está em uma realidade mutável, mas, pra isso ele precisa criar um senso crítico, refletir, perceber que pode mudar sua realidade e não apenas reproduzir, se aproximar mais do que realmente é, um ser humano, e não uma máquina, que consiga sair da alienação.

4 - O homem alienado, frustrado e inseguro resultante da desumanização causada pela sua escolha de ganhar tempo substituindo os humanos pela tecnologia, vê mais as coisas na sua superfície e não o seu interior, é focalista e não consegue comprometer-se com a humanização já que refere-se a ela como perda de tempo. E disso surge a contradição: “para não perder tempo” o que fazem é perdê-lo. A alienação (ou alheamento) cultural que sofrem as sociedades hoje ocorrem devido a importação de técnicas e tecnologias sem a devida resolução “sociológica de cada área”. Não há técnicas neutras que possam ser transplantadas de um contexto a outro, a alienação do profissional não lhe permite perceber esta obviedade. Ele não consegue se comprometer a partir de que o instrumento para sua ação não é próprio para sua sociedade. O profissional hoje em dia encontra-se impedido de formar um compromisso verdadeiro, já que a minoria inluencia a maioria alienada por eles, sem ter a consciência disso. O homem não deve-se julgar como profissional se ele habita um mundo “estranho”, desconhecido por ele que só segue as ordens ditas pelas minorias e que o torna cada vez mais incapaz de refletir e agir para que ele não passe a ser aquele que dita as ordens e não aquele que obedece.

Autor: Pedro Lucas

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